Hábitos bucais e suas sequelas
Os seres humanos sempre tem alguma ação que se repete com regularidade e frequência. Certas atitudes fazem as pessoas agirem no “piloto automático” influenciadas por uma força muito forte – a força do hábito.
Hábitos basicamente podem ser classificados como bons ou ruins; mas, enquanto é fácil se acostumar com os bons, não é tão fácil eliminar os ruins. Além disto, estes podem trazer graves sequelas/consequências caso o indivíduo não busque os tratamentos adequados.
Neste contexto, se encontram também os hábitos bucais que são aqueles definidos como sendo determinados comportamentos que alguém pratica várias vezes e que, com o passar do tempo, vão sendo incorporados à personalidade da pessoa de forma inconsciente.
Principais hábitos bucais causadores da má oclusão
Dentre os diversos hábitos bucais que podem causar a má oclusão, os principais são:
- Escolha e uso inadequado do bico da mamadeira.
- Sucção digital e da chupeta – a má oclusão resultante destes hábitos bucais se localiza principalmente na região anterior do arco, os dentes não se tocam.
- Interposição lingual – a mordida aberta anterior é originada pela pressão anterior que a língua faz sobre os dentes
- Respiração bucal – nos pacientes com obstrução respiratória, a posição anormal que a língua ocupa entre os dentes anteriores modifica a interação de forças que sustentam e modelam os dentes, o palato e as bases ósseas superiores.
Os hábitos bucais passam a ser considerados deletérios quando são praticados com mais frequência, intensidade e duração, ocasionando alterações no desenvolvimento e crescimento dos arcos dentários e da face.
A mordida aberta anterior (MAA) é a que ganha destaque em relação a más oclusões provocadas por hábitos de sucção.
Ademais, alguns autores especialistas neste assunto afirmam que a pessoa pode se tornar respirador bucal em consequência de hábitos bucais deletérios, onde o principal responsável é a falta ou pouco tempo de amamentação na infância, associado a utilização de mamadeiras com furo avantajado ou bicos longos.
Até mesmo diversos estudos comprovam que existe sim uma estrita relação entre o tempo de aleitamento materno e a manifestação de hábitos bucais deletérios.
De acordo com estas pesquisas, as alterações bucais não necessitam de intervenção ou podem ser consideradas fisiológicas somente entre 0 a 3 anos; após esta idade é imprescindível remoção dos hábitos e tratamentos específicos para hábitos bucais.
Hábitos bucais – tratamentos
O paciente que apresentar hábitos bucais deletérios, sem dúvida deve procurar a/o profissional dentista que será o responsável por fazer o correto diagnóstico e informar quais tratamentos para hábitos bucais são mais eficazes para cada caso específico.
Vale salientar que a/o profissional da odontologia deve contar com a contribuição de outras especialidades, tais como:
- Otorrinolaringologia
- Fonoaudiologia e
- Pediatria.
Assim, estará atuando em um hábito bucal eliminando ou reduzindo suas causas mais aparentes. Este é um dos procedimentos indispensáveis para o êxito de qualquer terapia ortodôntica preventiva, interceptora ou corretiva.
Portanto, é extremamente necessário que o paciente faça o correto diagnóstico e interceptação precoce quanto aos hábitos bucais, principalmente quando já são considerados deletérios.
Desta forma, se torna mais fácil oferecer um tratamento eficaz para o paciente evitando o agravamento de má oclusão.
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